Deputado diz que decreto pode gerar mais operações na Saúde

Diego teme que recursos a serem cedidos pelo governo possam ser desviados pelo prefeito

Assembleia Legislativa de Mato Grosso

O deputado estadual Diego Guimarães, que criticou a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro

ENZO TRES
DA REDAÇÃO

O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) afirmou que o decreto de calamidade do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sobre a saúde de Cuiabá pode gerar novas investigações policiais na pasta.

 

No decreto, Emanuel apontou um déficit de R$ 200 milhões no orçamento da Saúde e espera que o Governo de Mato Grosso e o Governo Federal disponibilizem verbas para quitá-lo.

 

A Saúde de Cuiabá enfrentou quinze operações policiais durante os sete anos da gestão de Emanuel. Por causa disso, Diego afirmou que será necessário fiscalizar a aplicação financeira da Pasta.

 

“Desde o início, vemos escândalos de corrupção e, se colocar mais dinheiro na mão de Emanuel, é possível que tenhamos outros”, afirmou.

“Não acredito que o Governo do Estado e o Federal se sensibilizem pelo prefeito, mas, vendo as necessidades do povo cuiabano, pode ser que eles ajudem e tem que deixar claro como será gasto”, acrescentou.

 

Ele precisa assumir como um bom gestor e tentar consertar minimamente o que fez de errado

O deputado disse, ainda, não ter confiança nos atuais chefes da saúde municipal, porque eles são antigos aliados de Emanuel. Além disso, considerou que eles não tiveram competência para gerir a pasta.

 

Atualmente, o ex-professor de química Deiver Alessandro Texeira comanda a Secretaria Municipal de Saúde, enquanto o ex-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso, Juares Samaniego, ficou como chefe da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. Eles foram anunciados no dia 5 de janeiro pela Prefeitura.

 

“Fico muito receoso, porque o time que está dentro da saúde é o mesmo que vinha com ele [Emanuel] há muito tempo, que não vinha dando certo. Uns vieram de outras pastas, foram realocados, e outros já foram da Empresa Cuiabana. Isso preocupa bastante”, disse.

 

“Emanuel precisa assumir a responsabilidade perante à Saúde, porque esqueceu de justificar que ele a colocou em estado de calamidade. Ele precisa assumir como um bom gestor e tentar consertar minimamente o que fez de errado”, completou.