Sem regulamentação, 1 a cada 5 jovens consome cigarro eletrônico no Brasil, diz pesquisa

“As pessoas que tiveram a oportunidade de adquirir esses dispositivos em países onde já existe uma regra sanitária, quando ela usa esse dispositivo que obedece a uma regra sanitária, ela sente uma diferença na sua saúde. Ela passa a ter uma vida mais saudável, ainda que ela não consiga, às vezes, cessar o hábito”, diz Alessandra bastos, ex-diretora da Anvisa e consultora BAT.

Regulamentação

Sem uma regulamentação, a fiscalização também é prejudicada. As regras para venda e uso poderiam contribuir, no Brasil, para inibir o consumo por menores de 18 anos, por exemplo.

O foco desse tipo de produto, para alguns especialistas, são os adultos já fumantes, em espécie de política de redução de danos.

Nos países onde houve regulamentação, o índice de consumidores abaixo de 18 anos é menor do que no Brasil, onde a taxa de menores de idade que experimentaram o produto é de 16,8%. No Reino Unido, a taxa de experimentação é de 7%.

“Quando nós observamos a evolução desse jovem que experimentou o cigarro eletrônico nos países onde há a regra, você vê que, desses jovens, apenas 1% continua a utilização do cigarro eletrônico. Para o público jovem, eu sequer posso pesquisar. E por que eu não posso fazer pesquisas sobre a saúde do cigarro eletrônico no Brasil? Porque a importação deste produto, inclusive, é proibida até para a pesquisa”, diz Alessandra Bastos.

Uma audiência pública no Senado Federal debaterá, no final deste mês, a importância da regulamentação do cigarro eletrônico.

A Anvisa diz que existe um processo de discussão regulatória sobre os dispositivos eletrônicos, mas só dará informações sobre o processo após ele ser concluído.

Por: CNN